Estávamos nós, eu e meu marido, fazendo um tour pela Europa, precisamente pela Suíça (Spiez, Interlaken, Berna e Zurique), Holanda (Amsterdam), Bélgica (Bruxelas e Brugges) e França (Paris), entre os dias 7 e 22 de setembro de 2007, quando aconteceu o fato a seguir relatado.
O passe de trem comprado por nós, aqui no Brasil (eurail pass, de 15 dias) realmente facilita o trânsito por vários países da Europa, dentre os quais, os acima referenciados. Após transitar pela Suíça e pela Holanda, resolvemos partir para Bruxelas, e de lá, pela proximidade, esticamos nosso passeio até a bela e pequenina cidade de Brugges, também na Bélgica.
Fizemos um belo tour a pé pelas ruas de Brugges, partindo da estação de trem, tempo em que conhecemos várias ruas, ruelas, praças, igrejas e canais, estes, que caracterizam, por excelência, o turismo nesta aconchegante cidade.
Pois bem, como disse anteriormente, o nosso tour redundou em se “passar sebo nas canelas” e se visitar, o quanto possível e enquanto a força física agüentasse, os pontos turísticos da cidade; neste esforço, visitamos a Torre do Campanário Belfry (marco da cidade desde os anos 1300), a Basílica do Sangue Sagrado (aonde existe uma urna contendo, supostamente, gotas coaguladas do sangue de Cristo), a Prefeitura (datada do final do século XIV e início do século XV) e o Lago do Amor (Minnewater Park).
Ao pé da letra, diria que batemos muito as pernas, num ir e vir constante... Assim, nada mais natural que o cansaço e a fome, a partir de certo tempo rodado (e que rodado!), passassem a prevalecer e arrefecer os ânimos, direcionando-nos a procurar um local para se fazer uma boquinha.
Mais umas passadas e nos deparamos com uma feirinha bem ao estilo de “veja, experimente e compre”; era tipicamente um mercado a céu aberto, com predominância de venda de roupas novas e usadas, barraquinhas de comes e bebes, e outros produtos típicos da região, a exemplo do delicioso chocolate belga.
Ao nos depararmos com um espaço vazio em um banco da pracinha do local da feirinha, meu marido não titubeou em sentar e arranhar seu francês de seis meses corridos, lançando ao ar seu estado de cansaço: je suis fatigué. Pronto! Sobrou para mim a missão de buscar a resolução do outro problema, o de matar a fome.
Percorrendo as barraquinhas de alimentos, deparei-me com uma que me interessava, visualizando nesta vários tipos de grelhados, a meu juízo, todos apetitosos. Então, restava-me manifestar, na língua local (francês ou belga), o desejo de transacionar com os barraqueiros. Bem, aí residiu o problema, pois sendo o nó francês ou belga, sequer me arrisquei a desatá-lo.
A fome nos arma de jeitos e trejeitos, mas mesmo assim, não conseguia identificar ao vendedor o grelhado que queria saborear...Era um “apontar” para aquele – não (com a cabeça e com os dedos negando); aquele outro – não; e por aí tentávamos chegar a um acordo, e nada!
Folheando um mini dicionário de francês, verifiquei a palavra porco e apontei para o vendedor, escusando-me de comprar tal grelhado; entretanto, não sei porque motivo, este não me entendia, tempo em que buscou ajuda através de mais dois outros vendedores, mas estes somente serviram para aumentar a “torre de Babel”.
Como uma idéia salvadora, lembrei-me de apelar para imitação do irracional grelhado pretendido. Foi quando, fechando as mãos, colocando os braços mais ou menos na forma de um “V” e os abrindo e fechando em direção ao corpo, consegui traduzir para o entendimento da língua francesa ou belga o desejo saciar o famoso galeto grelhado...
O resultado mais elementar do “cocorococó” mímico foi o ingresso imediato em curso de língua, não a francesa ou a belga, mas aquela que nos faz entender, presumo, em qualquer lugar do mundo, a inglesa – isto porque nem do “chicken” eu me lembrava...
FIM
O passe de trem comprado por nós, aqui no Brasil (eurail pass, de 15 dias) realmente facilita o trânsito por vários países da Europa, dentre os quais, os acima referenciados. Após transitar pela Suíça e pela Holanda, resolvemos partir para Bruxelas, e de lá, pela proximidade, esticamos nosso passeio até a bela e pequenina cidade de Brugges, também na Bélgica.
Fizemos um belo tour a pé pelas ruas de Brugges, partindo da estação de trem, tempo em que conhecemos várias ruas, ruelas, praças, igrejas e canais, estes, que caracterizam, por excelência, o turismo nesta aconchegante cidade.
Pois bem, como disse anteriormente, o nosso tour redundou em se “passar sebo nas canelas” e se visitar, o quanto possível e enquanto a força física agüentasse, os pontos turísticos da cidade; neste esforço, visitamos a Torre do Campanário Belfry (marco da cidade desde os anos 1300), a Basílica do Sangue Sagrado (aonde existe uma urna contendo, supostamente, gotas coaguladas do sangue de Cristo), a Prefeitura (datada do final do século XIV e início do século XV) e o Lago do Amor (Minnewater Park).
Ao pé da letra, diria que batemos muito as pernas, num ir e vir constante... Assim, nada mais natural que o cansaço e a fome, a partir de certo tempo rodado (e que rodado!), passassem a prevalecer e arrefecer os ânimos, direcionando-nos a procurar um local para se fazer uma boquinha.
Mais umas passadas e nos deparamos com uma feirinha bem ao estilo de “veja, experimente e compre”; era tipicamente um mercado a céu aberto, com predominância de venda de roupas novas e usadas, barraquinhas de comes e bebes, e outros produtos típicos da região, a exemplo do delicioso chocolate belga.
Ao nos depararmos com um espaço vazio em um banco da pracinha do local da feirinha, meu marido não titubeou em sentar e arranhar seu francês de seis meses corridos, lançando ao ar seu estado de cansaço: je suis fatigué. Pronto! Sobrou para mim a missão de buscar a resolução do outro problema, o de matar a fome.
Percorrendo as barraquinhas de alimentos, deparei-me com uma que me interessava, visualizando nesta vários tipos de grelhados, a meu juízo, todos apetitosos. Então, restava-me manifestar, na língua local (francês ou belga), o desejo de transacionar com os barraqueiros. Bem, aí residiu o problema, pois sendo o nó francês ou belga, sequer me arrisquei a desatá-lo.
A fome nos arma de jeitos e trejeitos, mas mesmo assim, não conseguia identificar ao vendedor o grelhado que queria saborear...Era um “apontar” para aquele – não (com a cabeça e com os dedos negando); aquele outro – não; e por aí tentávamos chegar a um acordo, e nada!
Folheando um mini dicionário de francês, verifiquei a palavra porco e apontei para o vendedor, escusando-me de comprar tal grelhado; entretanto, não sei porque motivo, este não me entendia, tempo em que buscou ajuda através de mais dois outros vendedores, mas estes somente serviram para aumentar a “torre de Babel”.
Como uma idéia salvadora, lembrei-me de apelar para imitação do irracional grelhado pretendido. Foi quando, fechando as mãos, colocando os braços mais ou menos na forma de um “V” e os abrindo e fechando em direção ao corpo, consegui traduzir para o entendimento da língua francesa ou belga o desejo saciar o famoso galeto grelhado...
O resultado mais elementar do “cocorococó” mímico foi o ingresso imediato em curso de língua, não a francesa ou a belga, mas aquela que nos faz entender, presumo, em qualquer lugar do mundo, a inglesa – isto porque nem do “chicken” eu me lembrava...
FIM