quarta-feira, 3 de setembro de 2008


Eis a versão desenhada do filho feito pelo próprio pai.

Não tenho como, com palavras medidas, incontidas ou repetidas, traduzir tamanho sorriso...
Esse sorriso espontâneo, de um ano e nove meses, por si só, se basta.

Amor contido

Ah, quanto amor desejado,
Quantas tentativas frustradas...
No quarto, uma rede, uma cama.
Na cabeça, o desejo de quem ama.
Meus olhos a porta vigiava,
Minhas mãos a acariciava.
No receio da descoberta iminente,
O amor permanecia latente,
E tentávamos ser felizes
Ainda que descontentes...

Dúvida

De repente é amor?...
Alguém planejou, mas não revelou.
Nem percebi... e senti...
Um amor não escrito,
Mas lido... por mim... por ela.
Um amor que se foi
Sem ter chegado,
Momentos raros
De um ser apaixonado...
Com poesia e fantasia,
Com verdades e olhares
De insistência e teimosia.
De namoro, não passou,
De harmonia extrapolou...
Faltou audácia, mas não ternura
Teve paixão, sem amargura...
E é eterno...ainda dura!

(Obrigado, meu alter ego)